O Clube de Blogueiras Negras, por meio do Blog Na Veia da Nêga, torna público o edital para inscrições para a participação da 3ª edição do projeto Sou Negra e Quero falar. Esta edição do projeto tem financiamento do FRIDA FEMINIST FUND.
O edital está disponível em: https://drive.google.com/open?id=1saOrie2Fuw9wiSuJuTBYxGyLJCX2gZrm
O PROJETO
“Sou Negra e Quero falar!” é um projeto do Clube de Blogueiras Negras, que busca profissionalizar blogueiras negras jovens e feministas brasileiras que produzem conteúdo de cunho social, com o objetivo de informar e instruir a população negra em geral. O Workshop proposto neste projeto tem por objetivo subsidiar tecnicamente jovens negras, feministas e produtoras de conteúdo alternativo, a fim de instruir sobre segurança e produção técnicas de qualidade de materiais áudio visuais e textos. O objetivo é contemplar 10 criadoras de conteúdo negras de todo o Brasil, selecionadas de acordo com inscrição prévia através deste edital. O produto final do projeto é a produção de 5 (cinco) conjunto de materiais (texto + vídeo) em tema dentro do motivo guarda-chuva “Sou Negra e Quero falar!”, podendo contemplar a população negra em qualquer âmbito.
O QUE É O PROJETO
O Clube de Blogueiras Negras visa promover a profissionalização e capacitação técnica de comunicadoras negras brasileiras e feministas que tratam de assuntos considerados “sensíveis” pela grande mídia e a rede social YouTube. Temas como racismo, machismo, violência de gênero, direitos reprodutivos, descriminalização e legalização do aborto e feminismo negro são de grande importância para a comunidade negra, principalmente para as mulheres, e ao discutirem estes assuntos de maneira ampla, muitas comunicadoras negras ficam à margem dos grandes financiadores, que optam por não abordar temas considerados socialmente sensíveis, se atendo apenas a temas genéricos com algumas comunicadoras negras que escolheram exercer o seu trabalho sem levar questões sociais para o debate.
Historicamente, as mulheres negras têm menos espaço na mídia tradicional, já que o Brasil é um país cujo racismo ocupa diversas esferas, estrutural principalmente, fazendo com que a produção seja branca, magra, masculina, heterossexual e cis normativa, excluindo do círculo com maior visibilidade profissionais que não ocupem estes padrões. Não muito diferente é a situação também na mídia alternativa, já que a opção para se tornar rentável é ser financiada por entidades que também compõem a grande mídia.
Muitas comunicadoras negras e ativistas sociais têm interrompido sua trajetória por não conseguirem apoio técnico e financeiro para continuarem exercendo o seu trabalho, e a missão do Clube de Blogueiras Negras é capacitar tecnicamente estas comunicadoras negras que produzem conteúdo de social informativo, para garantir que tenham condições de exercer seu trabalho. Preservando o direito das comunicadoras negras de se expressarem livremente e, principalmente, garantindo o direito de seu público, que acaba sendo de maioria feminina, negra e que se identifica com as produtoras de conteúdo, de receber e informação representativa produzida por estas comunicadoras.
ERRATA 01 EM 24 DE ABRIL DE 2019: Parágrafo III item b
Onde se lê Lei 12825/13 quer dizer Lei 12852/13.
Publicado em 25/04/2019 - Lista de inscritas homologada https://drive.google.com/file/d/1AJh--tnn6gjKlKLqIBeiVroViTWhUa4l/view?usp=sharing
ERRATA 01 EM 24 DE ABRIL DE 2019: Parágrafo III item b
Onde se lê Lei 12825/13 quer dizer Lei 12852/13.
Publicado em 25/04/2019 - Lista de inscritas homologada https://drive.google.com/file/d/1AJh--tnn6gjKlKLqIBeiVroViTWhUa4l/view?usp=sharing